A tripulação clássica da nave Enterprise, na excepcional arte de Joe Jusko
Na cultura popular, a série Jornada
nas Estrelas (ou Star Trek) tornou-se
um dos símbolos maiores da fantasia utópica sobre um futuro cheio de grandes
realizações graças aos avanços da ciência. Apesar de esta visível fé no
progresso científico e civilizacional constituir um dos elementos fundamentais do
mito criado por Gene Roddenberry, é importante notar que, em muitos
episódios da série clássica, há um claro discurso de reconhecimento e até de defesa dos elementos
característicos e imutáveis da natureza
humana.
Portanto, creio que um dos grandes temas da fase clássica seja a própria
noção de natureza humana, a qual, conforme ensinam-nos alguns episódios, não
deve ser sacrificada em prol de nenhum ideal de sociedade perfeita, de nenhuma
política temporal infantilmente convertida em verdade salvífica. E esta exigência de preservação da natureza do homem não se deve a algum tipo de humanismo ingênuo que enxerga na humanidade um tipo de entidade perfeita. Ao contrário: reconhece-se a imperfeição inerente ao homem, cuja essência é eterna fonte de conflitos, mas também de liberdade e realizações.
Na verdade, o que se depreende é que, no que diz respeito ao tema da natureza humana, o discurso antiutópico da Série Clássica alterna entre a transmissão de uma mensagem que opera no âmbito deontológico, no sentido de que não
devemos tentar mudar a natureza humana (por exemplo, em "a hora rubra"), e uma lição articulada a partir de uma percepção ontológica: a natureza humana é imutável, ou ao
menos impassível de ser transformada mediante intervenções externas (um forte exemplo disso é o episódio "semente espacial").
Sim, Jornada nas Estrelas é um exemplo de fé
no progresso da ciência; mas este progresso encontra seu limite na natureza do
homem. Passo agora a expor e examinar criticamente o conteúdo de alguns episódios
que demonstram um caráter profundamente antiutópico em meio à utopia idealizada
por Gene Roddenberry.
"A hora rubra" ("The return of the archons")
Episódio escrito por Gene Roddenberry
Capitão Kirk e alguns membros da tribulação da Enterprise chegam ao planeta Beta
III, para investigar o desaparecimento, ocorrido há cem anos, da nave Archon,
que orbitava aquele mesmo planeta. Em Beta III, Kirk se depara com pessoas tão
tranquilas quanto apáticas, uma condição descrita por Spock como
"satisfação vazia" ("vacant contentment").
É revelado que os habitantes de Beta III sofrem o total
controle mental de uma entidade chamada Landru, daí a absoluta uniformidade do comportamento social
em Beta III. Aqueles que se recusam a se comportar de forma idêntica devem ser
"absorvidos", para que façam parte do "corpo", isto é, do
comportamento uniforme dos habitantes de Beta III. Portanto, a individualidade
é condenada em Beta III.
Uma projeção de Landru, o arquiteto da sociedade perfeita
A uma certa altura da história, Landru - que na verdade é
uma máquina – se revela para Kirk e seu grupo como o arquiteto de uma sociedade
ideal, de "um mundo sem ódio, sem medo, sem conflito, sem guerra, sem
doença, sem crime... sem nenhum dos antigos males". E a condição para isso
é que "a individualidade seja integrada na unidade do bem". No fim, graças à sua engenhosidade, Kirk neutraliza Landru e liberta os habitantes de Beta III. Durante sua partida, o
capitão da Enterprise se dá por satisfeito ao saber que os habitantes de Beta
III já manifestavam seus primeiros conflitos sociais. A contradição social retornara. A utopia estava desfeita. A sociedade
perfeita - mas computadorizada - cedera lugar à sociedade imperfeita - porém,
humana.
Este episódio, que também pode ser interpretado como uma crítica ao fanatismo
religioso, oferece uma perfeita denúncia de todas as construções utópicas. Como
muito bem notou Eric Voegelin (2012, p. 298), as utopias
se definem por um projeto político de eliminação de uma ou mais características
essenciais à natureza humana. Landru eliminou o próprio senso de individualidade dos habitantes de Beta III. Sem individualidade,
não havia mais diferenças de comportamento, ou de opinião. Sem essas
diferenças, não havia mais conflito. E sem conflito, a paz absoluta
prevalecia... entre máquinas. Landru não conseguia compreender que seu projeto
de aperfeiçoamento da vida social humana só podia ser posto em prática às
custas da própria humanidade daqueles que ele desejava proteger, o que é um
total contra-senso.
Eis aí um recado para marxistas: na base das contradições
sociais não está apenas a divisão de classes econômicas, mas a distinção entre indivíduos. Querem chegar à conclusão da história,
à sociedade sem classes, a síntese final sem contradições ou tensões dialéticas?
Não basta eliminar as diferenças de classe e de propriedade. O problema é muito
mais profundo. Deve-se destruir a individualidade, a criatividade, a liberdade
e, consequentemente, a alma do homem.
Esta última observação é corroborada pela teoria de Eric Voegelin acerca da grande doença do homem moderno: sua incapacidade de permanecer na "metaxy platônica", que por sua vez significa a "intermedialidade" entre pólos que, embora contraditórios entre si, no entanto expõem "elementos na imutável estrutura da existência humana" (McALLISTER, 2017, p. 178). Em suma, a metaxy consiste no reconhecimento das tensões entre elementos contraditórios mas que constituem limites inerentes à realidade. Daí porque a modernidade é definida, por McAllister (2017, p. 45) - baseando-se nas lições de Voegelin - como "revolta contra a realidade". O homem moderno não suporta as contradições da vida humana, e por isso não as apreende como elementos intrínsecos e, portanto, indissociáveis de sua existência. Em sua ânsia por eliminar as contradições, ele deixa de compreender que são justamente estas contradições que, afinal, constituem o tecido de sua realidade, de sua realidade propriamente humana.
Landru é, portanto, um típico ideólogo (como Marx) revoltado contra a realidade e, neste sentido, o personagem capta a mentalidade e angústia do homem moderno. O antigo Aristóteles, por exemplo, apreendia com naturalidade a natureza intermediária (e, por isso, tensional) do homem, localizada entre as bestas e os deuses (Política, cap. 1, §9). Mas o homem moderno, com suas ambições ideológicas, em lugar de se resignar diante desta tensão que é limite imposto pelo real, busca transcendê-la como se fosse mero obstáculo e converte a tensão existencial em mera contradição dialética destinada a ser solucionada mediante artifícios igualmente dialéticos.
Neste processo, o ideólogo moderno acredita que as tensões inerentes à existência humana podem ser revogadas em favor de seu projeto utópico, que é a realização de seu paraíso mundano, sem perceber que, com isso, impõe à humanidade a maior das contradições, pois nenhuma realidade pode ser paradisíaca e mundana ao mesmo tempo. Consequentemente, pode-se dizer que o ideólogo moderno, tal como o personagem Landru ou o filósofo Marx, cegado por seu desejo de sanar todas as contradições sociais, na verdade acaba por gerar a pior e mais grotesca de todas as contradições.
"Este lado do paraíso" ("This side of paradise")
Episódio escrito por Nathan Butler e D.C. Fontana
Desta vez, capitão Kirk, senhor Spock, dr. McCoy e outros membros da Enterprise
visitam o planeta Omicron Ceti III, onde vive uma colônia de agricultores. Entre
os mesmos prevalece uma completa harmonia e paz. Mais uma vez, estamos diante
de uma utopia. E mais uma vez, a condição necessária desta utopia é a
eliminação de certos traços essenciais à natureza humana por meio de uma
influência externa.
Em Omicron 3, há plantas que liberam uma poeira que, quando
em contato com as pessoas, coloca-as em um estado de tranquilidade e
relaxamento. O indivíduo perde seu senso
de dever e seu desejo de superar desafios e passa a dedicar-se apenas a
atividades prazerosas. Por este motivo, os colonos de Omicron 3 são
verdadeiros epicuristas, para os
quais a única finalidade existencial é a satisfação de prazeres simples, o que
contrasta com a postura mais militar e estoica
dos tripulantes da Enterprise.
Kirk e McCoy em Omicron Ceti III, um verdadeiro jardim de Epicuro
Ao longo do episódio, toda a tripulação entra em contato
acidental com a poeira liberada pelas plantas. Até mesmo o frio e lógico
vulcano Spock é contaminado, tornando-se com isso mais passional e totalmente
insubordinado. O único a resistir aos efeitos dos esporos é o capitão James T.
Kirk, graças ao seu profundo senso de dever e força de caráter. Depois de
libertar Spock dos efeitos dos esporos, inicia-se um processo de libertação
gradual de todos os demais membros da Enterprise, bem como dos colonos de
Omicron 3. Ao final, enquanto a Enterprise se distanciava de Omicron 3, seguiu-se
o diálogo:
McCoy: - É a segunda
vez que o homem foi expulso do paraíso.
Kirk: - Não... desta
vez saímos por conta própria. Talvez não tenhamos sido feitos para o paraíso. Talvez
tenhamos sido feitos para abrir nosso caminho através da luta, batalhando a
cada passo. Talvez não devamos dançar ao som de liras e flautas, mas marchar ao
som de tambores.
A mensagem é clara: ao homem não é adequado o caminho fácil,
ou a vida consagrada aos prazeres, ainda que modestos. A natureza humana exige certa
dose de luta, conflito, dificuldades. Somente nestas circunstâncias o ser
humano se presta a realizações e alcança o fortalecimento de seu espírito. Se há
algum paraíso, este deve ser alcançado pela virtude, e não através do prazer.
"O computador supremo" ("The ultimate computer")
Episódio escrito por D.C. Fontana e Lawrence N. Wolfe
O Dr. Daystrom cria o M-5, um super-computador destinado a substituir os seres humanos no processo de condução das naves estelares da Federação. A Enterprise é selecionada para testá-lo, e a princípio os resultados são excelentes: o M-5 toma todas as decisões de maneira muito mais rápida e acertada do que qualquer homem poderia fazê-lo.
O capitão Kirk sente-se extremamente frustrado pela sensação de ter se tornado obsoleto, mas resigna-se diante daquilo que parece ser um exemplo incontestável de progresso para a humanidade. Apesar de sua resignação, não deixa de se mostrar eventualmente inconformado. Sua intuição é a de que há algo errado em substituir homens por máquinas.
McCoy, Spock e Kirk questionam o dr. Daystrom sobre o M-5
Logo de início, ele contesta o Dr. Daystrom e sua criação, sob o argumento de que "os homens precisam fazer certas coisas para que continuem a ser homens... o seu computador os privará disso". Isto é, se permitimos que as máquinas façam por nós o nosso serviço, colocamos em risco nossa própria humanidade. Afinal, o homem é um ser essencialmente ativo. O que resta de nós se outro sempre age ou decide por nós? Como podemos atualizar nossas potencialidades se nossas ações e iniciativas deixam de ser exigidas pela estrutura da realidade?
Mais adiante, ele diz ao Dr. Daystrom que máquinas são incapazes de emitir juízos de valor, o que demonstraria a incompletude do M-5. Para a surpresa de Kirk, o Dr. Daystrom revela que o M-5 continha as memórias do próprio Daystrom, e por isso seria capaz de pensar como um ser humano.
Apesar de tudo isso, os escritores do episódio parecem querer mostrar ao espectador que uma máquina é sempre uma máquina. Há um abismo intransponível entre o homem e a máquina, pois no final das contas mesmo a máquina que supostamente pensa como um ser humano não consegue fugir de erros de programação e de interpretação de fatos.
Podemos dizer que as máquinas jamais possuirão a phronesis aristotélica, isto é, aquela capacidade de julgamento prático, extraído da experiência, consistente na compreensão concreta de fatos com suas particularidades circunstanciais, e que portanto ultrapassa o simples equacionamento lógico entre dados contidos nas premissas para se chegar a conclusões (cf. o Livro VI, parágrafos V e VII de Ética a Nicômaco).
Exemplo deste contraste entre a phronesis humana e o mero raciocínio computadorizado é-nos fornecido aos 12 minutos do episódio, quando Kirk escolhe a si mesmo e ao Dr. McCoy para integrarem uma equipe de aterrissagem no planeta Alpha Carinae II. No entanto, a recomendação do M-5 é que Kirk e McCoy sejam excluídos da equipe, por serem "inessencais" para a missão. Por faltar ao M-5 o saber prático-concreto, a phronesis aristotélica, seu critério de escolha (uma seleção lógica, de acordo com Spock) é meramente formal. Ele seleciona a equipe com base em currículos. O capitão Kirk, por ser um homem, avalia sobretudo a natureza, a disposição e o caráter de seus tripulantes, qualidades que só podem ser compreendidas mediante experiência direta e acumulada, acompanhada de uma certa dose de intuição e instinto. No currículo do Dr. McCoy, nada pode ser dito além do fato de que é um médico-cirurgião. Suas qualidades como homem só podem ser registradas pela phronesis de Kirk.
Talvez por faltar-lhe a phronesis, o M-5 (que se apossa totalmente dos controles da Enterprise) começa a destruir indiscriminadamente outras naves da Frota Estelar, ao erroneamente julgá-las como inimigas. Kirk consegue desativar o M-5 (por meio de uma solução extremamente inteligente), mas Scotty ainda não tem recursos técnicos para lhe devolver o controle total sobre todas as funções da Enterprise, que ainda permanece incomunicável em relação às outras naves da Frota Estelar.
A esta altura, o comodoro Wesley da nave Lexington já pedia permissão à Federação para liquidar a Enterprise, quando Kirk, em um ato desesperado, pede a Scotty para desligar todos os recursos de defesa da Enterprise. Diante de uma Enterprise aparentemente indefesa, Wesley decide suspender o ataque fatal.
Quando Spock pergunta a Kirk sobre o motivo de sua estratégia (que de um ponto de vista puramente lógico parecia ser equivocada), Kirk responde que incluiu em sua equação a humanidade de Wesley: por ser um homem, Wesley provavelmente se sentiria incapaz de destruir um adversário que já não oferecesse mais ameaça. Com isso, o dr. McCoy conclui que a compaixão é uma qualidade essencialmente humana, incapaz de ser reproduzida por máquinas.
Portanto, percebe-se que o M-5, apesar dos esforços de seu criador, era radicalmente diferente dos seres humanos em dois aspectos cruciais: no aspecto cognitivo (por faltar-lhe a referida phronesis) e no aspecto moral (por faltar-lhe compaixão).
Esta recusa à tentativa de fornecer perfeitas utopias condicionadas por inteligências artificiais, bem como a irredutibilidade do homem à máquina, são temas recorrentes da fase original de Star Trek, e que atestam a sabedoria contida na Série Clássica. Porém, infelizmente essas mensagens parecem ter se perdido em versões posteriores de Jornada nas Estrelas. Assim, por exemplo, em Star Trek: a nova geração, no episódio "Datalore", o capitão Jean-Luc Picard diz que a única diferença entre Data (que é um androide) e os outros tripulantes humanos da nave, é que os humanos são "uma variedade de máquinas, de natureza eletroquímica". Lamentável.
“Semente do espaço” (“space seed”)
Episódio escrito por Gene L. Coon e Carey Willber
Geralmente apontado como um dos
melhores momentos de Jornada nas Estrelas, o episódio “space seed” (“semente do
espaço”) também destaca o aspecto antiutópico da série clássica
relativamente aos devaneios de cientistas que sonham com o aperfeiçoamento da
espécie humana.
Nesta história, Kirk e a
Enterprise encontram à deriva do espaço uma antiga espaçonave (chamada de SS Botany Bay) cujos tripulantes estão em estado de
animação suspensa em câmaras criogênicas. Um deles é retirado da câmara de
animação suspensa, e transportado para a Enterprise. O que até esse momento não
se sabia, é que este homem recém despertado era um dos últimos remanescentes de
um notável evento ocorrido durante os anos 90 do século XX: as Guerras
Eugênicas. Nesse período, uma nova raça de “super-homens” havia sido criada por
cientistas. Mais inteligentes e mais fortes do que os seres humanos comuns,
esses super-homens julgaram que poderiam melhorar o mundo através da unificação
do mesmo por meio da imposição de uma ditadura administrada por eles próprios.
O maior e mais perigoso destes ditadores foi Khan Noonien Singh. Ao ser
derrotado no final das Guerras Eugênicas, Khan empreendeu fuga junto de seus
asseclas mais próximos em uma nave espacial, precisamente a nave agora
encontrada pela tripulação da Enterprise, sendo o tripulante recém despertado o
próprio Khan. Enquanto Kirk e Spock tentam descobrir sua identidade, Khan já
empreende um plano para dominar a Enterprise, e por muito pouco não alcança
êxito.
Khan Noonien Singh, brilhantemente interpretado por Ricardo Montalbán
Apesar de sofrer mudanças em
aspectos marginais e meramente instrumentais (inteligência e força), em sua
essência, isto é, em sua constituição volitiva ou caráter, Khan permaneceu
bastante comum: vaidoso, egoísta e orgulhoso, o icônico vilão não transcendeu
em nada aquilo que o filósofo Nietzsche chamou de “vontade de poder”. Suas
motivações permaneceram ordinárias. Ele apenas dispunha de melhores meios para
alcançar seus fins: estes últimos, entretanto, ainda eram idênticos àqueles
cultivados mesmo entre os mais medíocres dos homens. Khan quer dominar... mas
quem não deseja exercer sua quota de domínio? Justamente por Khan permanecer
demasiado humano em suas motivações e em seu caráter, Spock pôde aplicar ao seu
comportamento aquela fórmula extraída a partir da observação sobre a natureza humana: “habilidade superior gera uma ambição superior“. Como naquela lenda
do “anel de Giges” que nos é contada por Platão (República, II, p. 359c), Khan é apenas um camponês que encontrou um
objeto que lhe confere poder, e que por isso decide tornar-se rei através do
assassinato. A diferença reside apenas no fato de que, em lugar de usar um
objeto extrínseco como o anel da invisibilidade, Khan utiliza de seus atributos
intrínsecos, sua própria força e inteligência cientificamente aumentadas, para
satisfazer sua vontade de poder. As mudanças operam apenas no nível dos
acidentes; a substância permanece a mesma. Por isso, aquilo que interpreto como
o aspecto antiutópico da Série Clássica – a tese da imutabilidade da essência
humana – pode ser resumido nestas palavras proferidas por Khan em seu diálogo
com Kirk:
“Estou surpreso com quão pouco aperfeiçoamento tem havido na evolução
humana. Sim, houve algum avanço técnico... mas quão pouco mudou o homem em si”.
Sábias palavras. O único erro de
Khan foi não ter se dado conta de que sua sagaz observação aplicava-se a ele
próprio: iludido por seus privilégios instrumentais – força e inteligência – Khan
não percebeu que sua essência – sua vontade – restou intocada mesmo pelas mais
ousadas intervenções da engenharia genética.
REFERÊNCIAS
ARISTÓTELES.
Ética a Nicômaco. Tradução de António de castro Caeiro. São Paulo: atlas, 2009.
_______.
Política. Tradução de Nestor Silveira Chaves. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011.
McALLISTER,
Revolta contra a modernidade: Leo Strauss, Eric Voegelin e a busca de uma ordem pós-liberal. Tradução de Túlio Borges de Oliveira. São Paulo: É Realizações, 2017.
PLATO. Republic. Tradução de G.M.A. Grube. Ed. de John M. Cooper. Cambridge/Indianapolis: Hackett Publishing Company, 1997.
VOEGELIN, Eric. História das ideias políticas: helenismo, Roma e cristianismo primitivo. Volume I. Tradução de Mendo Castro Henriques. São Paulo: É Realizações, 2012.
Excelente análise.
ResponderExcluirMuito obrigado, João! Abraço
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