A batalha mais épica entre as duas lendas só ocorreria em 1998, em Reino do Amanhã (Kingdom Come). Com desenhos de Alex Ross e história de Mark Waid, esse é não somente o mais belo embate entre os dois campeões do heroísmo, mas, em minha opinião, é o momento mais épico de toda a história dos quadrinhos. “Reino do Amanhã” se passa num futuro possível, dominado por anti-heróis irresponsáveis (em verdade, uma clara crítica às tendências dos anos 90). O Super-homem, decepcionado com a humanidade acolhedora do método “anti-herói”, decide retirar-se, e muitos heróis da velha guarda seguem o mesmo exemplo. Porém, um acontecimento catastrófico no Kansas chama a atenção do Super-homem, que então decide voltar para tentar guiar a humanidade mais uma vez. Sua volta inspira o retorno de toda a Liga da Justiça; contudo, é gerada uma violenta tensão entre os velhos heróis e os jovens anti-heróis. No entanto, a grande ameaça ao Super-homem é Lex Luthor (agora fingindo-se de filantropo): pois o coringa de Lex é ninguém menos que o então adulto Billy Batson, agora totalmente obediente graças aos subterfúgios psicológicos e fisiológicos de Lex Luthor. O clímax da história é justamente o combate final entre os dois peso-pesados, Superman e Capitão Marvel. O início da luta é apoteótico: Superman é atacado sem saber pelo quê, e quando se dá conta, está aos pés de um sorridente Capitão Marvel.
A luta se segue entre os dois, em meio a uma gigantesca batalha entre heróis e anti-heróis. A postura do Super-homem é mais defensiva: a todo momento procura convencer Marvel de que este deve cooperar, ajudá-lo a conter a guerra entre as diferentes gerações. Mas suas súplicas são inúteis: Marvel apenas responde com socos, que jogam Superman a metros de distância.
Quando Superman finalmente parece obter algum controle sobre a situação, disparando a visão de calor enquanto força um diálogo, Marvel então resolve apelar: grita “Shazam!”, e se afasta na velocidade de Mercúrio. O raio mágico acerta em cheio Superman, que se ajoelha agonizante. Com um sorriso sádico, Marvel continua a invocar o raio mágico, acertando o Super-homem tantas vezes, a ponto de este começar a sangrar.
Finalmente, Superman reage e, logo após ouvir novamente o nome “Shazam”, movimenta-se em super-velocidade, conseguindo paralisar Marvel, impedindo-o de se afastar do raio. Resultado: Capitão Marvel retorna a forma de Billy Batson, ficando à mercê do Super-homem.
Confesso que, em termos de quadrinhos, até hoje nada me impressionou mais do que a história de Kingdom Come. Pra mim, ela representa o ápice do heroísmo, e justifica por si só o meu fascínio por essas duas figuras: é que somente Super-homem e Capitão Marvel poderiam protagonizar um evento tão grandioso.
È isso aí Rogério, o pior é que até hoje não consegui essa coleção, uma vez um rapaz de um sebo até conseguiu, mas como demorei pra buscar, por falta de grana ele vendeu a outro - pena...além é claro das ilustrações magníficas do Ross, o que eu queria ver mesmo é a tal batalha épica entre os 2 titãs; pelo que você narrou acabou com pelo menos um final decente - não como aquele da Liga da Justiça Sem Limites exibido no SBT, que embora bem legal, mas que infelizmente demonstrou a linha de raciocínio dos redatores e roteiristas da DC - sempre o Superman vence, por ter sido o "herói original", enquanto o Capitão Marvel(que é muito mais legal)fica sempre no quaaaase....por ter sido sim uma cópia, mas que supera a original em qualidade e imaginação...fico pensando se ele(Capitão)não deveria ter sido comprado ou inventado na Marvel...seria melhor aproveitado.
ResponderExcluirabraço
Gilberto Alves Pinheiro - Jahu/SP
Olá Gilberto! Espero que tenha conseguido adquirir a série. Sobre o Super-homem "sempre vencer", isso não é verdade... creio que em geral nossos dois heróis sempre se mostram bastante equilibrados. Muito obrigado pelos comentários! Abraços!
Excluirty
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